Samba

Samba

Duda Moura

Duda Moura Bom, vamos começar o ano de 2002 batucando um dos ritmos mais conhecidos do planeta, o SAMBA, o mais popular do Brasil, porém um dos mais difíceis para os bateristas tocarem. Porque? Na minha opinião é um dos ritmos que mais exige independência e técnica na execução, mas nada disso é tão importante quanto a alma brasileira na hora de tocar. Caso contrário! Não é samba não, você tem que batucarrr...

Conhecido em todo o mundo pelos famosos carnavais do Rio de Janeiro e, mais recentemente, de Salvador, Recife e Olinda, o samba, enquanto expressão musical, tornou-se um símbolo do Brasil. Samba é dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o lundu e o batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado.

Como gênero musical urbano, o samba nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem, uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como polca, maxixe, lundu, xote etc., e originou o samba carioca urbano e carnavalesco.

Depois o samba sofreu varias transformações ao longo das décadas, passando pelo Samba-Canção (1920), Samba-Choro e Samba de Breque (1930), Samba de Gafieira e Samba-Enredo (1940). E com a Bossa Nova, que surgiu no final da década de 1950, tornando-se mundialmente conhecida a partir de 1962 com Tom Jobin, fez com que o samba se afastasse de suas raízes populares, mas o retorno à batida tradicional do samba ocorreu no final da década de 1960 e ao longo da década de 1970 e foi brilhantemente defendido por Chico Buarque de Holanda, Billy Blanco e Paulinho da Viola e pelos veteranos Zé Kéti, Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e Martinho da Vila.

O pagode, que apresenta características do choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, encheu os salões e tornou-se um fenômeno comercial na década de 1990. Nesta mesma época destaca-se o samba-reggae criado na Bahia (Pelourinho), fusão da batida do samba baiano com a batida do reggae jamaicano criando um ritmo envolvente, e fez com que o Grupo Olodum percorresse o mundo divulgando o jeito, o swing, a energia do povo brasileiro. Paul Simon, Michael Jackson , Daniela Mercury, entre outros aderiram ao ritmo.

Nos dias de hoje tem uma rapaziada misturando o ritmo de samba com acid-jazz, drum n' bass, trip-hop, hip-hop, enfim samba com a música eletrônica. É isso aí! O samba pede passagem, rompe fronteiras e nunca sai de moda.

Um dia desses ouvi uma galera da região da Amazônia tocando um tal de Samba-do-Cacete, é uma batucada feita com pedaços de pau (madeira derivada das árvores da região). Olha! A batida é literalmente do cacete.

CD'S de bateras que contribuíram para o samba na bateria:

  • Zimbo Trio - "35 Anos Ao Vivo" - Gravadora Movie Play - Baterista Rubens Barsoti
  • Milton Banana Trio - "Balançando" - Grav. EMI
  • Luciano Perrone - "Batucada Fantástica" - Grav. Musidisc
  • Edson Machado - "É Samba Novo" - Grav. Columbia/Sony Music
  • Tamba Trio - "Tamba Trio Classics" - Grav. BMG - Baterista Elsio Milito

O samba originalmente escreve-se em 2/4 (compasso binário), mas deste caso vamos representa-lo em 2/2. É o mesmo que quaternário na escrita, mas binário na interpretação.

SAMBA 103bpm: O segundo bumbo é sempre tocado intencionalmente mais forte.
Arquivo MIDI

SAMBA-REGGAE 103bpm
Arquivo MIDI

BATUCADA 137bpm: Aplicar rimshot (pele e aro) nas notas acentuadas.
Arquivo MIDI

Escute também a música Capim - Djavan: Arquivo MIDI

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